Na dúvida sobre a necessidade ou não de assumir o governo de São Paulo, caso o governador Geraldo Alckin (PSDB) decida viajar para o exterior, o ministro da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afif Domingos (PSD) foi exonerado do cargo. A informação consta na edição extra, o Diário Oficial da União publicou nessa sexta-feira (7) à noite.

O decreto assinado pela presidente Dilma Rousseff exonera do cargo "a pedido" de Afif. Foi preciso fazer a exoneração porque não é permitido pela Constituição Federal e estadual que dois cargos públicos sejam ocupados simultaneamente. O mecanismo foi usado para evitar que Afif acumulasse os cargos de vice-governador e ministro enquanto estiver como chefe do Executivo paulista.

A expectativa é de que Alckin viaje para a França no domingo (9) e só retorne na quinta-feira (13). Lá, ele participará de eventos sobre a candidatura de São Paulo para sediar a Expo 2020. Quando ele retornar ao Brasil, o vice-governador vai ser novamente "nomeado" pela presidente a ministro.

Como Alckmin não o avisou sobre a viagem, Afif pediu a exoneração, já que seria automaticamente nomeado governador de São Paulo. Caso ele tivesse se arriscado a ficar no cargo de ministro, ele poderia incorrer em crime de responsabilidade por acumular as funções.

Em disputa com o vice, Alckmin fez suspense a respeito da viagem. Para os aliados ele disse que iria mesmo à França. Mas, perguntado por jornalistas, declarou que ainda não havia resolvido.

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