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A presidente Dilma Rousseff (PT) vai anunciar, ainda neste mês, um pacote de obras para infraestrutura em cidades com mais de 200 mil habitantes. Só para o ano que vem estão previstos R$ 60 bilhões para o setor. O dinheiro do pacote sairá das concessões rodoviárias e de aeroportos. Dos leilões de Confins e Galeão, por exemplo, devem sair R$ 5 bilhões para integrar o novo pacote. Os recursos são possíveis por conta dos ágios apurados no momento de abertura dos envelopes.
Na semana passada, a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, convocou ministros, deputados e senadores. Explicou que a maior parte dos recursos será alocado em mobilidade urbana. O governo pretende construir corredores de ônibus exclusivos, metrôs e trens urbanos.
Obras
Na segunda-feira (2), o Hoje em Dia trouxe entrevista exclusiva com o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel (PT), na qual ele informou ter um projeto de nova alça para o metrô de Belo Horizonte. O projeto deve ser anunciado dentro deste pacote até o fim do mês.
“É uma perna do metrô que vai atender a uma região importante. É na área central”, afirmou. Segundo ele, o projeto é novo e não está dentre as linhas do metrô já negociadas anteriormente (Savassi/Lagoinha e Calafate/Barreiro).
“Virá um complemento para isso que não quero antecipar, até para deixar que as autoridades competentes falem sobre isso. Mas vi, em primeira mão, e fiquei muito impressionado”, completou.
Além do metrô, Belo Horizonte será contemplada com pistas exclusivas de ônibus, diferentes dos BRTs. Uma delas será construída ao longo da avenida Amazonas.
“As outras serão em vias de capilaridade na cidade, especialmente no Centro”, afirmou uma das autoridades envolvidas com o projeto.
Nos bastidores, o governo federal concluiu ser mais barato e funcional a construção de corredores exclusivos para ônibus comuns. No caso dos BRTs, os ônibus são especiais. Por isso, a ideia é espalhar projetos por cidades de grande porte.
O novo pacote do governo federal não terá como finalidade a Copa do Mundo de 2014, a ser disputada em 12 capitais. Mas será uma proposta de longo prazo, cujos projetos serão iniciados já no ano que vem, ano eleitoral. O anúncio deve ser feito pela presidente Dilma Rousseff e pelos ministros envolvidos na gestão dos projetos. A data ainda será definida.