O respeito à democracia e ao resultado das urnas deu o tom dos discursos na noite desta terça-feira (16), durante a posse do ministro Alexandre de Moraes na presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Moraes sucederá o ministro Edson Fachin e vai cumprir mandato de dois anos. O novo vice-presidente é o ministro Ricardo Lewandowski. 

A cerimônia em Brasília reuniu 2 mil convidados, entre eles o atual presidente Jair Bolsonaro e os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, Michel Temer, Dilma Rousseff e José Sarney. Também estiveram presentes ex-ministros do STF, governadores e parlamentares. 

Em seu discurso de posse, Alexandre de Moraes declarou que o respeito às instituições é o único caminho possível para a democracia no país. “A intervenção da Justiça Eleitoral deve ser mínima e deve respeitar a expressão de opiniões, o que não significa impunidade diante de informações falsas ou injúrias. Liberdade de expressão não é liberdade de destruição da democracia ou das instituições”, declarou. 

Já o ministro Mauro Campbell Marques, corregedor-geral eleitoral, declarou que "ninguém melhor do que Moraes para conduzir as eleições de maneira firme, técnica, previsível e democrática. A Justiça Eleitoral segue institucionalizada e Moraes receberá um tribunal em perfeita sintonia com a opinião pública e com nível elevado de harmonia institucional", declarou. 

Augusto Aras, procurador-geral da República, fez questão de reafirmar que o processo eleitoral é transparente. “Reforçamos que a vontade do eleitor será respeitada, combatendo a desinformação e os abusos de qualquer natureza. A democracia se expressa por meio de eleições livres e justas, como estas que vão ocorrer em menos de dois meses. Juntos, acataremos a soberania popular”, afirmou. 

Beto Simonetti, presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), afirmou que os ministros podem contar sempre com o apoio da advocacia para proteger o sistema eleitoral e a democracia brasileira.

“Não somos apoiadores de governantes ou de opositores, nosso papel é acompanhar e fiscalizar o processo. Neste ano, convocamos os candidatos e candidatas a assumirem um pacto de respeito entre si e de respeito ao resultado das eleições. Todos os eleitos serão diplomados e tomarão posse”, pontuou Simonetti. 

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