Parte importante da cúpula do PSD de Minas se reuniu na manhã desta segunda-feira (21) no salão nobre da Prefeitura de Belo Horizonte. O prefeito da capital mineira, Alexandre Kalil, recebeu o  senador e presidente da sigla em Minas, Alexandre da Silveira, e o ex-governador do Estado e recém-empossado ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Antonio Anastasia.

Após o encontro, Alexandre e Anastasia conversaram com a imprensa, mas sem a presença de Kalil. Os três são colegas de partido e, apesar de classificarem a visita como institucional, Alexandre ressaltou que "uma coisa ou outra" de cunho política foi discutida. 

Em relação ao ingresso do PSD na corrida à Presidência da República, Alexandre afirma que a vontade do partido é lançar candidatura própria, mas que esperam a decisão do nome da sigla, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. "Sobre a possibilidade de uma outra candidatura nacional,o que está certo é que há uma tendência, e isso é público pelo trabalho do presidente Gilberto Kassab é que, num primeiro momento, até que o senador Rodrigo Pacheco decida seu destino,é que ele seja nosso pré-candidato, que é uma vontade pacificada dentro do partido. Só após a decisão dele é que se discute outro nome para poder disputar ao cargo de Presidência da República", afirmou sem ventilar possíveis coligações.

De acordo com Alexandre, a indecisão de Pacheco se deve ao peso do cargo máximo do Senado Federal. "O que tem feito com que o Rodrigo Pacheco seja cauteloso na sua decisão é a responsabilidade que ele tem com o cargo que ele ocupa e institucionalidade do Senado da República. Pacheco tem sido a voz da moderação, do equilíbrio e da busca de convergência em torno dos problemas reais dos brasileiros. Eu que convivo com ele, sou testemunha que isso deixa ele em uma situação de não ter meios de fazer uma avaliação sobre possível disputa à Presidência da República", disse.

Sobre a demora da sigla em lançar candidato à Presidência da República, Alexandre afirma que o partido avalia que ainda não é o momento  ideal. 'Os números mostram que aqueles que se precipitaram criaram um nível de rejeição grande até porque vivemos um momento muito delicado que esperamos estar saindo da pandemia com os problemas sociais muito agravados".

Também presente na reunião, o ministro do TCU, Antonio  Anastasia, reforçou que a visita foi uma cortesia institucional. "Estou fazendo, após minha posse, visitas às instituições mineiras. Já estive com o presidente da Assembleia, ao Dom Walmor,agora com o prefeito e, futuramente, ao governador do estado e ao Tribunal de Contas do estado, tão logo as agendas se encaixem. No caso de Kalil, também para agradecer sua presença na minha posse",  disse.

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