O senador mineiro Alexandre Silveira (PSD) defendeu nesta quarta-feira (29) a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que garante aumento de R$ 200 no pagamento do Auxílio Brasil, reajuste do auxílio-gás e criação do "voucher caminhoneiro", de R$ 1 mil. A PEC está em tramitação no Senado e recebeu apoio do Governo Federal.
Silveira lamentou apenas que a União tenha demorado para ver a importância da proposta. "É uma pena que o governo tenha demorado tanto para ver a importância da PEC que minimiza os impactos da inflação, sobretudo na população mais pobre", afirmou.
Segundo o senador, o "auxílio caminhoneiro" é uma forma de diminuir o impacto dos reajustes dos combustíveis no valor do frete e, consequentemente, nos produtos que chegam até os consumidores. Além disso, o reajuste no Auxílio Brasil e no auxílio gás vão contribuir para acabar com a situação "inaceitável de milhões de brasileiros que voltaram a passar fome em nosso país", conforme o parlamentar.
Alexandre Silveira é candidato à reeleição no Senado e compõe chapa com o ex-prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), que tem o PT como vice na disputa pelo governo estadual e apoia a candidatura do ex-presidente Lula (PT) para presidente.
Em nota, a coligação do petista criticou o apoio do governo ao projeto. "Imaginar que um aumento no valor do Auxílio Brasil, do vale-gás e um vale caminhoneiro a 100 dias da eleição vão comprar a consciência e o voto da população não é apenas oportunismo eleitoral: é preconceito e desrespeito à inteligência do povo brasileiro", disse o texto assinada pelos presidentes dos partidos que compõem a aliança petista em nível nacional.
De acordo com o senador Fernando Bezerra (MDB), que é o relator da PEC, o impacto financeiro para a União será de R$ 38 bilhões, uma diferença de mais de R$ 9 bilhões levando em consideração o valor estimado pelo texto inicial. O auxílio-gás, que atualmente é de R$ 60 a cada dois meses, passará para R$ 120 por bimestre ao custo extra de mais de R$ 1 bilhão. Já o Auxílio Brasil pode passar dos atuais R$ 400 para R$ 600. A previsão é de um desembolso de R$ 26 bilhões dos cofres públicos.
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