Antes de reunião com Dilma, governadores vão elaborar pauta conjunta

Estadão Conteúdo
Publicado em 29/07/2015 às 21:24.Atualizado em 17/11/2021 às 01:08.
 (Dida Sampaio/divulgação)
(Dida Sampaio/divulgação)

Antes da reunião com a presidente Dilma Rousseff programada para a tarde desta quinta-feira (30) os 27 governadores que estarão amanhã em Brasília promoverão um encontro prévio para discutir uma pauta comum. Temas como reforma do ICMS, medidas para buscar o equilíbrio fiscal e a preservação de empregos foram considerados prioritários por governadores ouvidos pela reportagem.

A meta, com a reunião prévia, é unificar o discurso para que o encontro com a presidente produza resultados concretos e não tenha apenas caráter institucional. Imersa em uma crise sem precedentes, Dilma espera demonstrar força ao reunir os chefes dos Executivos estaduais, dentro da construção do "pacto pela governabilidade".

"Queremos tentar unificar uma pauta, com enfoque na questão econômica, espaço fiscal, negociação da política de ICMS, operação conjunta na segurança", disse o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB). Já o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), defendeu que o foco das ações federais seja a manutenção dos postos de trabalho em todo Brasil. "Nós temos de preservar os empregos neste momento de crise. Esse vai ser nosso foco", disse o tucano.

"É preciso discutir o fortalecimento dos Estados e dos municípios, além da oportunidade de nós termos operações de crédito que possam garantir os investimentos", afirmou o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB).

A expectativa do Palácio do Planalto é que o encontro tenha um caráter de apoio político à presidente, em contrapartida à crescente pressão pelo impeachment.

O presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), porém, já afirmou que os governadores do partido não cogitam qualquer aceno nessa direção. Para Pezão, esse também não será o objetivo do encontro. "A minha solidariedade ela (Dilma) tem total, mas não será esse o assunto", disse.

Já Paulo Câmara, cujo partido não faz mais parte da base aliada do governo, defendeu que vai ser preciso união para superar a crise. "É importante que a governabilidade seja restabelecida e que o governo federal dê sinais de que quer superar essa crise com diálogo. O Brasil, sem uma grande união, vai ter muita dificuldade de superar essa crise", afirmou. (Colaboraram Lucia Morel e Kleber Claus)


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