A Comissão Parlamentar de Inquérito do Congresso Nacional, que investiga os atos antidemocráticos de 8 janeiro, conhecida como CPI dos Atos Golpistas, ouve nesta terça-feira (8) o ex-ministro Anderson Torres.

A defesa dele pediu na última sexta-feira (4) para que ele pudesse ficar em silêncio durante o depoimento. Na segunda-feira (7), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu a ele essa possibilidade.

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Torres foi chamado à comissão na condição de testemunha, sendo assim, é obrigado a comparecer e prestar o compromisso de dizer a verdade. Investigado por suposta omissão na montagem do esquema de segurança no dia dos atos golpistas, ele deve ser questionado pelos parlamentares sobre diversos assuntos.

Na época, ele era secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, mas viajava para os Estados Unidos. Ele chegou a ficar preso por cerca de quatro meses, mas depois foi solto com uso de tornozeleira eletrônica.

O ex-secretário foi ministro da Justiça durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e também deverá ser questionado pelos parlamentares sobre um documento encontrado pela Polícia Federal (PF) na casa dele que ficou conhecido como “minuta do golpe”.

Nesse documento, havia a decretação de estado de defesa no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a fim de mudar o resultado das eleições presidenciais de 2022, que deram vitória a Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Torres já prestou depoimento sobre esse episódio e disse à polícia que o documento não tinha validade jurídica e deveria ter sido descartado.

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