Apoiado por grupo de Pimentel, Odair é candidato a presidir o PT

Patrícia Scofield - Hoje em Dia
Publicado em 14/05/2013 às 08:16.Atualizado em 21/11/2021 às 03:39.

Contando com o apoio de parte dos aliados do pré-candidato do PT ao governo de Minas, ministro Fernando Pimentel (PT), o deputado federal Odair Cunha (PT) lançou na última segunda-feira (13), em Belo Horizonte, sua candidatura para o comando estadual da legenda. Negando que seja o “candidato do ex-presidente Lula”, Cunha destacou a “capacidade” de unir as diversas correntes do PT e de ampliar o leque de partidos aliados no Estado, com a inclusão do PSD. O novo presidente, que será escolhido em novembro, vai dirigir as eleições do ano que vem.

“Precisamos de uma candidatura que seja da ampla maioria do PT e estamos buscando isso”, afirma Cunha. “Aqui ninguém pode se dizer candidato do Lula. Ele é nosso filiado mais importante, articula o PT no Brasil todo e é claro que está atento à discussão que está tendo em Minas”.

O trabalho do grupo ligado ao deputado federal Miguel Corrêa Júnior e ao deputado estadual Durval Ângelo pelo nome de Cunha será a “construção de 90% de apoio”.

“Odair tem mais envergadura para fazer essa discussão interna e pra trazer o maior numero possível de partidos para essa aliança”, diz Corrêa.

Cunha negou que haja uma reedição do confronto entre as alas de Pimentel e do ex-ministro Patrus Ananias, que apoia a candidatura da secretária da legenda, Gleide Andrade. “Patrus já declarou que o candidato dele ao governo é o Pimentel”.


Repercussão

Segundo Gleide, a candidatura de Odair não representa a unidade ou os “90% do apoio” dos petistas. “O nome de uma tendência não expressa esse apoio todo no partido. A disputa é saudável, mas eu tenho o apoio do Patrus, do Luiz Dulci, do Virgílio Guimarães. Se isso não é importante, eu não sei o que é”, comenta.

Outro candidato na legenda, o deputado estadual Rogério Correia (PT) elogia a diversidade de nomes, mas alega que nem o PT nem Pimentel estão com a “sintonia pronta” com os movimentos sociais, hoje. “Um candidato que se diz de unidade, mas é de cúpula, não vai levar o PT à vitória em 2014”.

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