Em nota divulgada nesta terça-feira (24), o prefeito de Nova Lima, Cássio Magnani Júnior (PMDB), afirmou que vai recorrer da decisão da Justiça Eleitoral que cassou, na segunda-feira (23), seu mandato e o da vice-prefeita, Maria de Fátima Monteiro de Aguiar (PT). Ele afirmou que "a decisão é temporária e não irá nos abater, somos cristãos e temos fé na intercessão divina".
Além disso, Cássio Magnani negou as acusações de abuso de poder político nas eleições de 2012 por parte do então prefeito Carlos Roberto Rodrigues (PT), em benefício de sua candidatura. "Comprovou-se claramente no próprio processo que não tivemos absolutamente nenhuma participação em qualquer ato dos quais nos acusam. Aliás, logo que tomamos posse, tratamos de corrigir ou simplesmente anular as ações da gestão anterior das quais discordamos".
"Como se pode constatar, ao longo de mais de oito meses de governo estamos sendo vítimas de um processo judicial integralmente baseado na execução de atos que nunca praticamos e com os quais não tivemos nenhuma relação", completou o prefeito na nota. Ele aproveitou ainda para ressaltar o trabalho que tem feito à frente da prefeitura de Nova Lima e destacou que realizou uma campanha limpa durante as eleições do ano passado.
Magnani também afirmou que continuará no cargo. Conforme prevê a decisão do juiz Juarez Morais de Azevedo, da 194ª Zona Eleitoral, além da cassação dos mandatos, os governantes ficarão inelegíves por oito anos, mas poderão permanecer à frente do município até decisão final. Já o Carlos Roberto Rodrigues foi condenado a multa e também ficará inelegível por oito anos.
O prefeito de Nova Lima ainda não foi sido citado pela Justiça. A denúncia é de que o ex-prefeito trocava terrenos por votos nas eleições de 2012, visando favorecer Cássio Magnani é Maria de Fátima.