Após nova denúncia contra Vaccari, Aécio fala mais uma vez em impeachment

Hoje em Dia
15/04/2015 às 16:03.
Atualizado em 16/11/2021 às 23:39

(Pedro França/Arquivo Senado)

A prisão do tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT), João Vaccari Neto, na manhã desta quarta-feira (15), pela Polícia Federal (PF), pode dar mais um importante argumento para que o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) seja protocolado pelos partidos de oposição no Congresso Nacional.   O senador Aécio Neves (PSDB) afirmou que a legenda ainda não tomou posição, mas que a situação está sob análise. “Estamos avaliando com juristas se existe a caracterização de crime de responsabilidade. O impeachment, repito, não é algo que esteja ainda prioritariamente na agenda do PSDB, mas não é um golpe. É algo previsto na nossa Constituição, em caso de se comprovar crime de responsabilidade. Portanto, é o que nós estamos avaliando, e se acharmos que existem indícios, o PSDB poderá sim avaliar essa hipótese. Não temos ainda essa decisão tomada, mas é uma possibilidade que o PSDB hoje discute de forma muito franca internamente”, afirmou, em entrevista coletiva.   Aécio disse que a prisão de Vaccari é “algo extremamente grave, inédito na história do Brasil e de qualquer país do mundo”. O senador, que foi derrotado nas urnas em outubro de 2014 por Dilma, por apenas 3 milhões de votos de diferença, enfatizou que há o agravamento da crise política, que cada vez chega mais próxima do governo e de Dilma.   Novo ministro do STF   A indicação de Luiz Edson Fachin para a vaga de Joaquim Barbosa no Supremo Tribunal Federal (STF) não agradou ao senador. Isso porque, na campanha de 2010, Fachin declarou seu voto a Dilma, junto com um grupo de advogados.   “Obviamente, é preciso que ele explique determinadas posições públicas e políticas que tomou. Do ponto de vista do seu histórico, do seu currículo acadêmico, não há nenhuma contestação a se fazer. O que é preciso é que ele dê tranquilidade ao Congresso Nacional, aos representantes da população brasileira de que teremos no Supremo Tribunal Federal alguém absolutamente isento, e, sobretudo no momento em que temas políticos e de interesse em especial do Partido dos Trabalhadores chegaram à Suprema Corte, como os inúmeros inquéritos, inúmeras investigações que agora foram abertas”, afirmou.   Para que seja aprovado, Fachin precisa ser sabatinado pelo Senado, mas o encontro com os senadores ainda não tem data marcada.

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