Após vazamentos, Beltrame e outros três são cotados para comandar a PF

Hoje em Dia
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21/03/2016 às 23:25.
Atualizado em 16/11/2021 às 02:35

(Marcelo Camargo/Agencia Brasil)

A divulgação das conversas entre a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula – o que revelou também aproximação da “Lava Jato” do Planalto – pode antecipar uma mudança na cúpula da Polícia Federal. O atual número 1 da PF, Leandro Daiello, deve requisitar aposentadoria a partir de maio, quando completa 30 anos de serviço. O próprio delegado já teria demonstrado interesse em deixar o cargo.

Em entrevista publicada na edição do último sábado pelo jornal “Folha de S.Paulo”, o ministro da Justiça, Eugênio Aragão, disse que, mesmo sem provas, trocará a equipe inteira da Polícia Federal se houver indícios de vazamento de informações das investigações em curso.

Nessa segunda-feira (21), no entanto, divulgou nota para dizer que Daiello “continua gozando de plena confiança por parte do Ministro da Justiça e não há decisão sobre sua substituição”.

Também nessa segunda-feira (21), a Associação Nacional dos Delegados da PF (ADPF) divulgou nota manifestando “repúdio” às “graves declarações” do ministro. A associação estuda recorrer à Justiça contra “qualquer arbitrariedade”.

Cotados

Quatro nomes integram uma lista de possíveis cotados para assumir o comando da PF, de acordo com fontes da corporação ouvidas pelo Hoje em Dia.

O preferido do governo federal seria José Mariano Beltrame, secretário de Segurança do Rio, que teria o perfil de liderança defendido por Eugênio Aragão. O nome de Beltrame já havia sido ventilado no ano passado e agora voltou a ser falado em Brasília.

A indicação de Beltrame teria sido feita pelo governador do Rio, Pezão (PMDB), e pelo ex-governador Sérgio Cabral (PMDB), ambos investigados na “Lava Jato” a partir de delação premiada do doleiro Alberto Youssef.

Nomeado adido policial da Embaixada do Brasil no Reino Unido em junho passado, o ex-superintendente da PF em São Paulo, Roberto Cicliati Troncon Filho é outro nome possível. No primeiro governo Dilma ele foi cotado para ocupar a diretoria-geral, mas Daiello foi o escolhido. O ex-superintendente no Maranhão Fernando Segóvia e o atual superintendente em Minas, Sérgio Barboza Menezes, completam a lista.

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