Um inquérito civil público do Ministério Público Federal (MPF) apura o funcionamento do órgão de controle interno da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e do Mucuri (UFVJM). De acordo com o MPF, a investigação teve início após irregularidades divulgadas pela imprensa como obras paralisadas ou inacabadas no campus JK, em Diamantina, e a aprovação de projetos básicos de engenharia sem o correspondente desenho arquitetônico. Ainda conforme o órgão um relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) também teria apontado que a universidade contratara empresa que apresentou orçamento superior ao previsto no edital, além de firmar aditivos contratuais em valores acima do limite legal permitido. “Problemas dessa ordem são bastante comuns em órgãos que não dispõem de órgãos eficazes de controle interno”, explica o procurador da República Antônio Arthur Barros Mendes. Em resposta ao MPF, a coordenadora da auditoria teria dito que desde 2007 não foi feita nenhuma fiscalização em projetos de pesquisa e que o órgão de controle interno tem apenas uma servidora, o que impossibilita a realização de "auditoria em todas as áreas críticas da UFVJM”. No entanto, o MPF pediu informações sobre a estrutura e funcionamento da auditoria interna nos últimos 10 anos, inclusive para que sejam apontadas as atividades de capacitação de que seus integrantes tenham participado.