( Jonas Pereira/Agência Senado)
BRASÍLIA – A bancada mineira no Senado Federal irá apoiar o postulante do PMDB à presidência da Casa, Renan Calheiros (AL), independentemente de uma candidatura alternativa. Tanto Clésio Andrade (PMDB) quanto Aécio Neves (PSDB) e Zezé Perrella (PDT) não estão dispostos a tomar parte em uma eventual briga pela principal cadeira da Mesa Diretora. Os parlamentares do Estado não têm falado sobre o assunto. Mas interlocutores dos três admitem que é mínima a chance de optarem por outra via.
A adesão de Clésio é a mais natural, já que pertence à mesma agremiação de Calheiros, com quem tem uma dívida de gratidão. Como líder do PMDB, o alagoano articulou a entrada do mineiro na sigla e ainda fez gestões favoráveis a demandas dele, como a PEC do TRF de Minas e a indicação ao STJ da juíza Assusete Magalhães, natural do Serro.
“Os peemedebistas de Minas são fiéis. Eu não tenho dúvida de que o senador Clésio está fechado com o senador Renan”, garantiu o presidente do PMDB mineiro, deputado federal Antônio Andrade.
Aécio Neves não pretende envolver-se na disputa pelo comando do Senado. O tucano trabalha com a hipótese de os peemedebistas mudarem de barco, a depender das perspectivas de vitória da oposição em 2014.
No discurso oficial, a justificativa dos tucanos é a regra da proporcionalidade. “A regra é que a presidência cabe ao maior partido da Casa. O PSDB e o senador Aécio entendem isso”, declarou o senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA).
Já Zezé Perrella está à espera da definição de sua legenda. Os senadores Cristovam Buarque (DF) e Pedro Taques (MT) defendem o boicote a Calheiros e cogitam candidatura própria. Mas, a tendência é que o PDT abrace o peemedebista.