Base do PSDB agora negocia apoio a Fernando Pimentel

Bruno Moreno - Hoje em Dia
31/10/2014 às 07:47.
Atualizado em 18/11/2021 às 04:50

(Sarah Torres)

Alguns dos partidos de centro que integraram a base de governo tucano nos últimos 12 anos em Minas Gerais estão negociando apoio ao futuro governador Fernando Pimentel (PT). Com isso, o petista, em breve, pode ter fechada uma base, com pelo menos 39 deputados estaduais, para aprovar os projetos de seu interesse.

Ainda não há acordos fechados, mas o Partido da República (PR), que nacionalmente apoiou a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT), mas em Minas esteve ao lado de Pimenta da Veiga (PSDB) na disputa do governo estadual, já indicou que deve compor com Pimentel.

O presidente do PR no estado, José Santana, afirmou que ainda irá se reunir com os quatro deputados estaduais eleitos, mas já adiantou que deve espelhar o acordo federal em nível estadual.

“Não quero precipitar nem dar uma de ditador. Vamos conversar com os deputados, mas não vejo obstáculos para que o partido esteja ao lado dele (Pimentel) no desenvolvimento de Minas Gerais e também para enfrentar essa crise”, afirmou Santana.


Independência

O Partido Democrático Trabalhista (PDT), que elegeu quatro deputados em coligação com o Partido Verde (PV), que também conseguiu quatro cadeiras na Assembleia Legislativa, deverá adotar uma postura independente. De acordo com o deputado Alencar da Silveira Júnior, a bancada se reuniu e os primeiros entendimentos são de que é preciso compor um bloco que não esteja ligado nem ao governo, nem à oposição.

“O que for de interesse de Minas, vamos apoiar o governador”, afirmou Alencar, que espera um bloco independente com pelo menos 16 parlamentares. Dentre os que estão sendo sondados pelo PDT estão deputados do PV e do PSD.

Outro partido que defende uma linha independente é o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). Para Dilzon Melo, reeleito para seu sétimo mandato, a sigla deverá apoiar o governo em temas que sejam de interesse do estado, mas garante que não adotará uma postura subserviente, aprovando tudo o que o governo quiser.

“Neste primeiro momento, não estamos umbilicalmente ligados ao PSDB (que já declarou oposição, assim como o DEM). Dentro de duas semanas vamos fazer uma reunião de bancada para decidirmos qual será nossa posição”, afirmou.

Já o deputado Gil Pereira, do Partido Progressista (PP), que é o partido do atual governador e de Dinis Pinheiro, candidato a vice na chapa com Pimenta da Veiga, afirmou que a bancada ainda vai conversar, mas a tendência é não compor com Pimentel. “As urnas nos colocaram na oposição”, avalia.


Câmara não saiu da ressaca eleitoral

A Câmara Municipal de Belo Horizonte segue em ritmo de ressaca pós eleições. Nessa quinta-feira (30), poucos parlamentares eram vistos em atividade na Casa. Nas palavras do vereador Adriano Ventura (PT), “esses dias a Câmara está morta”.

“Acho que ainda é reflexo da eleição, quem ganhou está em êxito e quem perdeu em choque. Segunda-feira (dia 3 de novembro) será um bom termômetro”, comentou.

Nessa quinta, além de duas reuniões ordinárias, das comissões de Legislação e Justiça e de Meio Ambiente e Política Urbana, foi realizada, à noite, a primeira audiência pública para debater a revisão anual do Plano Plurianual de Ação Governamental (PPAG) 2014-2017. Neste primeiro encontro, foram debatidos os temas Educação, saúde, assistência social, cultura, juventude e esporte.

Elaborado em 2013, o PPAG é o planejamento estratégico de médio prazo da Prefeitura para os quatro anos subsequentes, trazendo de forma sistematizada as políticas públicas prioritárias para a cidade.

Na próxima segunda-feira está prevista nova audiência pública para debater revisões na área de Política Urbana.

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