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Bolsonaro agora nega prostituição em casa de meninas e pede desculpas a venezuelanas

Jader Xavier
@ojaderxavierjsbarbosa@hojeemdia.com.br
18/10/2022 às 14:16.
Atualizado em 18/10/2022 às 15:19
 (Reprodução / Redes sociais)

(Reprodução / Redes sociais)

O candidato à reeleição para a Presidência da República, Jair Bolsonaro (PL), gravou um vídeo, divulgado nesta terça-feira (18), para pedir desculpas às mulheres venezuelanas pelo episódio das adolescentes refugiadas no Distrito Federal, que foram acusadas pelo presidente de estarem em situação de prostituição, o que não era verdade.

Apesar do pedido de desculpas, Bolsonaro culpou a “esquerda” por descontextualizar suas palavras. “Se as minhas palavras, que por má fé foram tiradas de contexto ou de alguma forma foram mal entendidas ou provocaram algum constrangimento às nossas irmãs venezuelanas, peço desculpas”, disse.

Veja:

No vídeo, ao lado do candidato, está a primeira-dama Michelle Bolsonaro e a embaixadora da Venezuela no Brasil, María Teresa Belandria, nomeada pelo autoproclamado presidente do país vizinho, Juan Guaidó.

Entenda o caso

Durante uma participação em podcast na última sexta-feira (14), Jair Bolsonaro contou um caso onde ele entrou na casa  de uma comunidade no Distrito Federal, em 2020, onde havia adolescentes venezuelanas. O vídeo viralizou por causa de uma fala do presidente em que ele diz que “pintou um clima” ao olhar para as meninas.

“Parei a moto em uma esquina, tirei o capacete e olhei umas menininhas, três ou quatro, bonitas, de 14 ou 15 anos, arrumadinhas no sábado em uma comunidade. E vi que eram meio parecidas. Pintou um clima, voltei. (Perguntei) Posso entrar na sua casa? Entrei”, contou.

Bolsonaro disse ter encontrado mais venezuelanas dentro da residência. “Eu pergunto; meninas bonitinhas, de 14,15 anos, se arrumando no sábado. Pra quê? Para ganhar a vida”, afirmou.

Em outro podcast há cerca de um mês, o candidato também citou o caso. Na ocasião, ele foi mais taxativo. “Estavam se arrumando pra que? Alguém tem ideia? Quer que eu fale? Para fazer programa. Qual era a fonte de sobrevivência delas? Essa”, concluiu.

Mas, em entrevista ao portal UOL, uma das venezuelanas garantiu que o que acontecia no local era uma ação voltada para refugiados e, por isso, as garotas estavam apenas recebendo um tratamento de beleza gratuito.

Apesar de não negar ter dito que as adolescentes eram garotas de programa, no vídeo divulgado nesta terça, Bolsonaro falou que apenas tinha preocupação com a situação das meninas e que “a dúvida e a preocupação levantadas foram quase que imediatamente esclarecidas, à época, pela nossa ministra da Mulher, Damares Alves”.

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