Documentação deve incluir todas as movimentações de dinheiro realizadas desde o começo da campanha até 8 de setembro (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) retoma hoje o julgamento que pode levar à inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Caso seja condenado, o ex-chefe do Executivo pode ser o 3º na lista de ex-presidentes que ficaram inelegíveis no Brasil. A sessão está prevista para começar às 19h.
Até então, dois ex-presidentes receberam a punição de inelegibilidade: Fernando Collor de Mello (PTB) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT). No caso de Lula, a Justiça acabou revertendo a situação e o político ocupa hoje a cadeira da Presidência da República.
O TSE julga a conduta de Bolsonaro durante uma reunião com embaixadores, no Palácio da Alvorada, em julho de 2022. Na ocasião, o Tribunal concluiu que a reunião tinha o objetivo de atacar o sistema eletrônico de votação. A legalidade do encontro foi questionada pelo PDT (Partido Democrático Trabalhista), que protocolou a ação no TSE. Além disso, a legenda também acusa o ex-presidente de usar indevidamente os meios de comunicação.
Na última quinta-feira (22) aconteceu o 1º dia do julgamento. Foram ouvidos pelo Tribunal, alguns advogados do PDT, a defesa de Bolsonaro e a acusação de acusação do Ministério Público Eleitoral (MPE).
Hoje, está previsto o retorno do julgamento com o voto do relator, ministro Benedito Gonçalves e dos ministros Raul Araújo, Floriano de Azevedo Marques, André Ramos Tavares, Cármen Lúcia, Nunes Marques e o presidente do Tribunal, Alexandre de Moraes.
Se algum ministro pedir a vista para suspender o julgamento, o prazo para devolução do processo é de 30 dias, renovável por mais 30. Como em julho acontece o recesso parlamentar, o prazo subirá para 90 dias.
Porque Collor e Lula se tornaram inelegíveis?
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