Brasil e Banco Mundial assinam acordo para combate à corrupção

Estadão Conteúdo
10/02/2015 às 14:09.
Atualizado em 18/11/2021 às 05:58

O Banco Mundial e o Ministério Público Federal do Brasil assinaram nesta terça-feira (10), um acordo para reforçar a cooperação no gerenciamento do risco de corrupção, de acordo com um comunicado divulgado em Washington. O documento destaca que as duas partes prometem "envolvimento em atividades conjuntas e intercâmbio de informações para prevenir, detectar e confirmar casos de conduta indevida que tenham impacto sobre recursos para o desenvolvimento e crimes".

A cerimônia de assinatura, na sede do Banco Mundial em Washington, contou com a participação do Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot.

"Por meio deste memorando de entendimento, nossas instituições podem oferecer, uma à outra, informações para detectar, confirmar e prevenir a fraude e a corrupção ligadas a condutas que possam constituir um crime grave no âmbito da legislação nacional ou uma infração sujeita a sanções de acordo com as regras e políticas do Banco Mundial", declarou o brasileiro no evento, de acordo com o comunicado. Também participou o vice presidente de Integridade do Banco Mundial, Leonard Frank McCarthy.

"Lava Jato"

O procurador da República chegou aos EUA no final de semana acompanhado de um grupo de procuradores que atua nos trabalhos de investigação da Operação "Lava Jato". Participa da comitiva o procurador e secretário de cooperação internacional, Vladimir Aras, que faz parte do grupo montado pelo PGR para auxiliar nos desdobramentos da "Lava Jato" junto ao Supremo Tribunal Federal.

Ainda hoje, em Washington, Janot vai se reunir com o secretário de Assuntos Jurídicos da Organização dos Estados Americanos (OEA), Jean Michel Arrighi. Ontem, o procurador se encontrou com a subsecretária de Justiça norte-americana, Leslie Cadwell, e com a diretora responsável por investigações criminais na América do Sul, Magdalena Boyton.

Desde o final do ano passado, o Departamento de Justiça dos EUA investiga as denúncias de corrupção na Petrobras, pois a empresa brasileira tem ações listadas na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE).

Os brasileiros vão se encontrar ainda com técnicos da Securities and Exchange Comission (SEC), que regula o mercado de capitais dos EUA e que também investiga a Petrobras. A comitiva deve voltar ao Brasil na quinta-feira (12).
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