(Roberto Stuckert Filho)
A pesquisa do Ibope que mostrou queda no otimismo do brasileiro também revelou que 41% dos entrevistados acreditam que o mundo seria um lugar melhor se as mulheres fossem maioria no mundo político. Essa proporção é quatro vezes maior do que os que acham o contrário - ou seja, que seria pior caso houvesse maior participação do sexo feminino (9%). A média brasileira é maior que a de todos os 65 países participantes da pesquisa do WIN (34%).
Apesar da eleição da presidente Dilma Rousseff em 2010, a primeira mulher a governar o país desde a Proclamação da República, o gênero feminino ainda é sub-representado na maioria dos cargos elegíveis brasileiros. Na Câmara dos Deputados, por exemplo, em 2010 foram eleitas apenas 45 mulheres para as 513 cadeiras disputadas - ou seja, 8,7% do total.
Essa é uma das taxas mais baixas do mundo - o Brasil está em 119º entre os 146 países analisados pela União Interparlamentar (IPU). Nas prefeituras, a proporção é um pouco maior: 12% são comandadas por mulheres, um recorde histórico, mas longe de representar a composição feminina na população adulta brasileira, de 53%.
A esperança de um mundo melhor em que as mulheres dominassem a política varia de acordo com o perfil do brasileiro. Apenas 33% dos homens concordam com essa frase, contra 48% entre as mulheres. Pessoas de maior renda e escolaridade também tendem a ser mais céticas e a achar que tudo seria igual nesse cenário (54% entre os que têm curso superior ou os que ganham mais de 10 salários mínimos por mês). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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