(André Brant)
A Vigilância Sanitária irá apurar a presença de substâncias semelhantes a areia e de outros ‘corpos estranhos’ no cafezinho servido na Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH). Na última terça-feira, copeiros da Casa identificaram o caso e o fornecimento da bebida foi suspenso.
Nesta sexta, durante a primeira das cinco sessões extraordinárias da CMBH do mês, previstas inclusive para este fim de semana, a falta do café chamou mais atenção nos corredores do que a pauta extensa – de nove vetos do prefeito Marcio Lacerda (PSB) e 22 projetos de lei.
De acordo com a assessoria de comunicação da CMBH, houve uma “falha no fornecimento” do café Flor das Gerais, entregue pela distribuidora Sady Tempony Godinho, que venceu o pregão presencial do tipo menor preço. Nessa licitação, foram contratados 7.080 pacotes de meio quilo, a pouco mais de R$ 35 mil.
Runião
Depois de o presidente Léo Burguês (PTdoB) ter convocado, na última quarta-feira, cinco reuniões extras para limpar a pauta da Casa, até então trancada pelo veto do prefeito ao projeto de Bim da Ambulância (PTN), o próprio Burguês não compareceu ao plenário. Segundo a assessoria da Casa, ele cumpriu “agenda externa”.
Mandato
Paralelo a isso, o primeiro suplente do PSDB, antigo partido do presidente da CMBH, ‘Reinaldinho’ Oliveira Batista, protocolou na Justiça Eleitoral requerimento pedindo o mandato dos ex-tucanos Burguês e Pablito (PV), que também não compareceu à sessão.
No plenário, foram analisados apenas oito vetos da pauta, que foram mantidos em meio a um ‘jogo’ entre a bancada do PT e a base de governo. O líder da bancada petista, Pedro Patrus, negou a ‘catimba’. “Estamos discutindo questões importantes para a cidade. O PT soube das extraordinárias depois da publicação. A Mesa da CMBH é o retrato da Prefeitura: não dialoga”, afirmou. Um aliado do Executivo, no entanto, disse que o PT “encheu linguiça”. “É a falta de experiência da turma”, comentou.