Câmara de Araraquara estuda ir à Justiça para impedir protestos em sessões

Folhapress
31/08/2013 às 11:00.
Atualizado em 20/11/2021 às 21:31

RIBEIRÃO PRETO - Após quatro sessões seguidas com interrupções ou suspensões na Câmara de Araraquara (273 km de São Paulo), o presidente da Casa, João Farias (PRB), vai convocar manifestantes para uma reunião na próxima segunda-feira (2) e, caso não haja acordo, estuda ir à Justiça para impedir a presença do público durante as discussões de projetos.

Desde o dia 20, a entrada de pessoas mascaradas foi suspensa para evitar conflitos. Na mesma semana, um grupo de manifestantes queimou sacos de lixo na entrada do prédio depois de sessão em que os ativistas pediam investigação sobre o cancelamento de um concurso público e sobre o caso do ex-vereador Ronaldo Napeloso (DEM), que renunciou ao cargo.

"Existe movimento organizado para que a Câmara se inviabilize. O plenário é pequeno e os manifestantes gritam, xingam, puxam palavra de ordem, batem panelas, cantam. Não há condições de trabalhar", disse o vereador.

Segundo Farias, os protestos são feitos por grupos da oposição, dirigentes do Sindicato dos Servidores Municipais, líderes estudantis e o movimento Reage Araraquara. Ele afirmou ainda que os vereadores respeitam as manifestações, mas exigem regras comportamentais.

"Caso sejamos impedidos de desempenhar o nosso trabalho, medidas judiciais que proíbam a presença de manifestantes em dias de sessão serão tomadas."

De acordo com nota enviada pela assessoria do PT, o partido quer esclarecimentos sobre "as graves denúncias" que envolvem a CTA (Companhia Tróleibus Araraquara), a fundação criada pela Prefeitura de Araraquara para administrar a Maternidade Gota de Leite, as secretarias da Agricultura, do Desenvolvimento Urbano e Econômico, os desvios de verbas da agricultura familiar, da merenda escolar e a cobrança de propinas para instalação de empresas.

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