O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, negou que a cerimônia de lançamento do Plano Nacional de Gestão de Risco, realizada nesta quarta-feira (8), em Brasília, seja um ato do governo para desviar a atenção do julgamento do mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF).
Para o ministro "em hipótese alguma" o governo será atingido pelo julgamento e pessoalmente acredita que o partido dele, o PT, também não. "Este tipo de ato (lançamento do Plano Nacional de Gestão de Risco) é um ato normal do governo. Temos atos cotidianos em que questões importantes levam a presidente e os ministros a comparecerem para colocar de público a política do governo.É uma rotina", disse.
Segundo Cardozo, como ministro da Justiça ele tem como uma de suas funções zelar pelo "Estado de Direito", que pressupõe independência dos poderes. "O governo não será atingido em hipótese alguma. É uma questão que afeta ao Judiciário e o governo em nenhum momento será atingido em nenhuma decisão do Poder Judiciário."
O governador de Sergipe, Marcelo Déda, que também é do PT, lembrou que o mensalão já foi usado em três outras eleições anteriores "como tentativa de capitalização política pela oposição". Assim como Cardozo, Déda acredita que o PT não será prejudicado pelo julgamento do mensalão nas eleições.
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