MONTES CLAROS – O comerciante Sidinei Pereira Alves (PSD) tomou posse como novo prefeito de São João da Ponte (Norte de Minas) e seu primeiro ato foi decretar “situação de emergência financeira”, pois teria recebido o município com dívida estimada em R$ 40 milhões.
Na semana passada, foram bloqueados R$ 400 mil da primeira cota do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), prejudicando o pagamento do salário de dezembro dos servidores. Ele ainda deve o 13º salário de 2012. Sidinei tomou posse em razão da morte do prefeito Geraldo Costa de Paula (PPS), na última quinta-feira, dia 10, com leucemia.
A sua lealdade com o prefeito falecido Geraldo de Paula o levou a manter o mesmo secretariado empossado dia 1º de janeiro. O novo prefeito explica que decretou situação de emergência por causa da “grande dívida” que recebeu, sendo R$ 10 milhões com o Instituto Municipal de Previdência; R$ 4 milhões com a Cemig; R$ 4 milhões com o INSS; R$ 10 milhões com a Copasa e R$ 1 milhão de precatórios, além de dívida ainda não calculada com os fornecedores.
Desconhecimento
Por outro lado, ele precisa consertar a frota do transporte escolar, adquirir medicamentos para o Hospital Municipal, mas não tem tempo hábil para realizar a licitação.
Com a experiência de três mandatos como vereador mais votado em São João da Ponte, o prefeito empossado contratou, na terça-feira (15) pela manhã, em Montes Claros, uma empresa especializada para realizar auditoria na Prefeitura Municipal de São João da Ponte, para conhecer a realidade das finanças municipais.
Ele determinou o recadastramento dos servidores, pois nem sequer sabe quantos são. Todos devem se apresentar com a carteira de identidade e ainda o último contracheque.
Saiba mais sobre a situação de outras prefeituras na Edição Digital.