A possível prorrogação dos trabalhos da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira será decidida nesta quarta-feira (31) em reunião durante a manhã. No encontro, os parlamentares membros da comissão resolverão também por quantos dias os trabalhos da comissão poderão ser estendidos. Após reunião realizada ontem, os integrantes da CPMI não conseguiram chegar a um acordo sobre o tema.
O que vem dividindo as opiniões dos integrantes da comissão é a duração que essa prorrogação deve ter. O relator da comissão, deputado Odair Cunha (PT-MG), defende que os trabalhos continuem por mais 48 dias, coincidindo assim com o encerramento do ano legislativo. Cunha explica que já tem um relatório pronto, mas quer mais prazo para discutir cada ponto do relatório adequadamente.
Integrantes do chamado grupo Independente dos parlamentares que compõem a CPMI discordam do relator. “Para nós, o prazo tem de ser o necessário para que as investigações não fiquem no meio do caminho”, disse o deputado Ivan Valente (Psol-SP).
O prazo inicial para o funcionamento da CPMI termina no dia 4 de novembro, mas para a comissão ser prorrogada, é preciso que um em cada três parlamentares do Congresso apoie a continuidade das investigações. Para isso, deve ser apresentado à comissão um requerimento com a assinatura de, ao menos, 171 deputados e 27 senadores.
Enquanto o requerimento que solicita o prazo solicitado pelo relator já contaria com a assinatura de 150 deputados e 27 senadores, outro requerimento do grupo independente contaria com o apoio de 122 deputados e 35 senadores. Assim, o primeiro desses requerimentos a ser apresentado com a quantidade necessária de assinaturas vai prevalecer.