Cunha: não desqualifiquei a lista, desqualifiquei minha participação na lista

Estadão Conteúdo
Publicado em 12/03/2015 às 13:51.Atualizado em 18/11/2021 às 06:19.

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), negou que tenha desqualificado a lista dos investigados na Operação Lava Jato que a Procuradoria Geral da República (PGR) encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF). "Não desqualifiquei a lista. Desqualifiquei a minha participação na lista. Em nenhum momento fiz críticas ao ministro Teori Zavascki. Diferente do procurador, ele foi uniforme em suas decisões", pontuou.

Apesar de declarar respeito ao Ministério Público, Cunha condenou o que chamou de "jogo político" e o procurador Rodrigo Janot foi alvo principal de suas críticas. "Um procurador-geral que depende do Executivo para sua reeleição deveria declarar publicamente que não é candidato à reeleição para resguardar sua posição de independência", afirmou o peemedebista em resposta à deputada Eliziane Gama (PPS-MA).

Em mais de três horas de depoimento, Cunha recebeu dezenas de elogios dos membros da CPI e apoio à tese de que o Palácio do Planalto quer envolver os parlamentares no "mar de lama" da corrupção na Petrobras. O deputado Júlio Delgado (PSB-MG), que concorreu contra ele pela presidência da Casa, disse que não acreditava em sua ligação com o esquema de corrupção na estatal, mas afirmou que não há como tirar a crise do Parlamento. "Há denúncias de pessoas que estão envolvidas neste Parlamento. Infelizmente essa crise chegou ao Parlamento. Ela está no Parlamento porque houve participação de partidos", comentou.

Delgado afirmou que se a crise também está do outro lado da Praça dos Três Poderes. "O PMDB está do outro lado" da praça com o vice-presidente da República, Michel Temer. Ele disse que é preciso ter paciência para separar joio de trigo porque tem "muito joio" no Parlamento.


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