Prefeitos mineiros das regiões Sul, Sudoeste e Zona da Mata do Estado apresentaram, na última sexta-feira (18), ao governador Antonio Anastasia (PSDB), as dificuldades para administrar cidades com caixas vazios e dívidas da ordem de milhões. Porém, saíram do encontro sem a promessa de apoio financeiro, de imediato, para sair da crise. Outra queixa foi a queda do repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).
De acordo com o secretário de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese), Cássio Soares, estão previstas, para os próximos dias, novas linhas de investimento do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) em máquinas, veículos e calçamento de vias, mas, nesse primeiro momento, o governo do Estado deverá contribuir com as prefeituras basicamente com modelos de gestão.
“Por ora, o governo está oferecendo toda a sua orientação, por parte de capacitação da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag), disponibilizando os novos programas de gestão”, afirmou. Não foram divulgados valores a serem repassados para a manutenção dos novos programas estaduais e dos que já estão em execução.
Prefeitos
Presente na reunião, o prefeito de Pratápolis, no Sul de Minas, José Eneido Modesto (PMDB), confirmou que o governador não anunciou repasse de verbas, mas disse estar “esperançoso” com a abertura dada aos pequenos municípios. “Anastasia foi sensível com o que apresentamos, apesar de não ter mencionado ajuda financeira. Mas só de nos ter recebido, por intermédio do secretário, já poderemos aumentar o contato”, contou.
O peemedebista reclama da dívida de pouco mais de R$ 2 milhões que herdou do ex-prefeito. Para conseguir quitar parte do débito, ele terá que cortar cargos comissionados. “Estamos dispensando comissionados, pouco a pouco, e revendo contratos com empreiteiras para conseguirmos adequar as contas”.
Outra prefeitura que está a um passo de demitir funcionários é a de Fortaleza de Minas, na Região Sudoeste. Segundo a prefeita Neli Leão do Prado (PSC), que assumiu o Executivo pela segunda vez, o município deve mais de R$ 1 milhão por atraso no pagamento do 13º dos servidores e pela contratação, em caráter de urgência, de serviços de limpeza.
“Quando assumi, a cidade estava muito suja, sem coleta de lixo, e tive que contratar um pessoal pelo período de dois meses”, justificou. Apesar da dívida, Neli garantiu que a prioridade da gestão dela será pagar os vencimentos atrasados dos servidores.