A ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário, afirmou nesta segunda-feira que o deputado Marco Feliciano (PSC-SP) incita o ódio e a violência com suas polêmicas declarações. O parlamentar está sob fogo cruzado desde que assumiu o comando da comissão de Direitos Humanos. Ele é alvo de protestos por declarações consideradas racistas e homofóbicas.
"É lamentável que a cada dia nos deparamos com mais um pronunciamento, mais uma intervenção que incita o ódio, o preconceito, algo que já ultrapassa as barreiras da comissão na Câmara e diz respeito a todos", disse a ministra, que visitou uma exposição na Casa sobre o holocausto. "A Câmara certamente encontrará uma solução ou o próprio Ministério Público porque incitar a violência e o ódio é atitude ilegal, inconstitucional e as autoridades também estão sujeitas a lei", complementou.
A Câmara realizou na manhã desta segunda-feira uma sessão em homenagem à Igreja Assembleia de Deus, da qual Feliciano faz parte. Durante a reunião, parlamentares evangélicos manifestaram apoio ao presidente da comissão de Direitos Humanos. Correligionário de Feliciano, o deputado paranaense Takayama afirmou que as manifestações contrárias não são motivo para que ele deixe o cargo. "Podemos colocar dois, três, quatro milhões de cristãos na porta dessa Casa", afirmou.