O Tribunal de Contas do Município (TCM) julgou irregular um contrato de R$ 7.513.479,16 pagos pela Prefeitura de São Paulo à Delta Construções por obras inacabadas no Parque D. Pedro II, no centro da capital paulista.
Os pagamentos foram feitos entre dezembro de 2004 e setembro de 2005. O relator do caso, conselheiro Edson Simões, pediu ao prefeito Gilberto Kassab (PSD) a abertura imediata de investigação dos servidores envolvidos na liberação irregular de recursos para a empresa.
O documento do TCM cita o engenheiro fiscal da Prefeitura responsável pela obra, Arnaldo Antunes de Faria Sodré, que assinou relatórios confirmando a execução de obras que nunca foram feitas. Ao tribunal, Sodré alegou que havia "deficiências" no projeto da obra e que, por isso, não teria avaliado corretamente a execução do serviço.
A Delta ganhou licitação em 2003, durante a gestão Marta Suplicy (PT), para fazer obras de recuperação no Parque D. Pedro, com base em projeto feito um ano antes pelo paisagista Fernando Chacel. O plano previa conectar o parque à Rua do Gasômetro e ao Palácio das Indústrias (atual Museu Catavento), além de recuperar o Edifício São Vito, que seria destinado a famílias de baixa renda - posteriormente, o prédio foi demolido.
Procurada, a Prefeitura de São Paulo informou que vem prestando todas as informações solicitadas pelo Tribunal de Contas do Município (TCM) desde 2005, quando foi aberta a inspeção sobre o contrato firmado em 2003. A administração disse reiterar que trabalha para atender sempre às recomendações do tribunal e que, por meio das secretarias competentes, "tomará as medidas necessárias".
A Delta afirmou que não teve tempo hábil para analisar o caso. Procurada no início da noite, a assessoria de imprensa de Marta Suplicy (PT) não comentou o caso. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo
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