
Desde fevereiro fora da Georadar de forma definitiva, onde entre 2004 e 2013 ocupou a presidência-executiva e do Conselho de Administração, Celso Magalhães passou os últimos meses estudando o mercado para definir suas novas empreitadas, que estão acontecendo em três diferentes frentes. Ele aproveita sua expertise nos setores de óleo e gás e de mineração para se reposicionar nestes mercados.
“Eu percebi que a indústria, sobretudo de óleo e gás, estava chegando ao seu limite. O barril não se sustentaria em preços tão elevados e que era necessária uma mudança de patamar tecnológico. É isso que empresas como a Go Tratch e Mag Size trazem”, disse.
Magalhães adquiriu 56% da Go Tratch, empresa de diagnóstico, monitoramento e remediação ambiental e é também o representante da Mag Size no Brasil, uma empresa norueguesa de pesquisas sísmicas marinhas que usa métodos não convencionais e tecnologia robotizada.
No caso, da Go Tratch, a internacionalização é um dos assuntos discutidos internamente com vistas ao mercado do Oriente Médio. “Desenvolvemos um método usando a nanotecnologia para remediação ambiental que, além de acelerar muito a recuperação das áreas degradadas, também faz o tratamento sem a necessidade de remoção do solo”, afirmou. No seu portfólio a companhia conta com 230 áreas já recuperadas.
A terceira frente de trabalho de Magalhães é a Asset Geo, empresa de prospecção de ativos que hoje possui uma mina de ouro em Goiás e uma reserva de gás natural no Paraguai, na divisa com o Brasil. A exploração de ambos ativos depende da atração de investidores. “Temos conversas em andamento. Para a jazida de ouro planejamos iniciar produção dentro um ano e meio, e para o bloco de exploração de gás as atividades devem se iniciar até janeiro de 2016”, afirma.
Na mina de ouro, a Asset Geo já realizou 1.900 perfurações e conseguiu a certificação de uma reserva de 750 mil onças, que ainda teria potencial para atingir 1 milhão de onças em uma área de 15 mil hectares. Magalhães tem o controle da empresa, que surgiu da sociedade em comum em outros negócios com os mesmos empresários.
A possibilidade de manter sua atuação em segmentos onde já possui vasta experiência surgiu após um acordo com a Georadar que derrubou um acordo de não competição entre a empresa e seu ex-presidente. “O ano de 2014 foi dos estudos, e 2015 o do plantio. A partir do final de 2016 devo começar a colher os primeiros resultados”, confia Celso Magalhães.