Os possíveis impactos da realização da Stock Car no entorno do Mineirão, em Belo Horizonte, são debatidos na tarde desta quinta-feira (29), em audiência pública, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).
Parte dos deputados estaduais criticou a escolha do local e as medidas em andamento, como o corte de árvores nas avenidas Abrahão Carame Rei Pelé. Os parlamentares aguardam uma decisão judicial. Uma ação popular pede a suspensão da realização do evento no local.
Representantes da prefeitura de BH e da Stock Car foram convidados para participar da audiência, mas não compareceram. Quem está lá criticou a ausência, como a deputada estadual Beatriz Cerqueira (PT). "Demonstrou que ela (PBH) não quer diálogo. Não quer participar de nada que ela seja obrigada a responder à sociedade. Ela se blindou”.
Segundo Beatriz, sem uma ação rápida do judiciário, todas as árvores do entorno do estádio já terão sido cortadas para a construção do circuito de rua.
Já a deputada estadual Bella Gonçalves (PSOL) criticou a forma como é tratada a Stock Car em BH. Para ela, a corrida não pode ser considerada um evento, pois “destrói uma paisagem urbana e uma cultura patrimonial”.
Ela esteve no entorno do Gigante da Pampulha na manhã de quarta acompanhando o início dos cortes das árvores, que destacou como “cena de terror”. De acordo com a deputada, existe uma pressão sob o Ministério Público para que providências sejam tomadas.
Segundo ela, o MP realizou uma vistoria no local nesta quinta. Procurado, o órgão informou que apura o caso. O Hoje em Dia entrou em contato com a PBH, mas não houve retorno.
Por nota, as empresas Speed Seven e DM Corporate, organizadoras da Stock Car em BH, informaram que vários estudos foram elaborados para a realização do evento. Dentre eles, de topografia, viabilidade técnica, projeção turística e impactos econômico e ambiental.
O local escolhido leva em conta estudos de engenharia. Ainda segundo as empresas, várias ações estão sendo feitas para mitigar os impactos. A nota detalha uma a série de ações, como o replantio de 688 árvores e uma "solução permanente" para o impacto sonoro gerado durante a realização de eventos na região.
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