Para deputados que representam categorias em greve por reajuste salarial, a votação em segundo turno do projeto do Governo só deve sair, mesmo, com um acordo. As emendas que foram suprimidas do substitutivo na primeira votação em plenário prevêm reajustes que superam e muito o índice oferecido por Zema, de 10,06%. É o caso da educação, por exemplo, que exige o pagamento do piso, com reajuste de 33,24%.
Outra categoria em greve, as forças de segurança também articulam na Assembleia que suas reivindicações sejam atendidas. E, desta forma, caberia ao governador Romeu Zema (Novo) o peso de vetar o aumento.
O Projeto de Lei 3.568/22, que reajusta o salário dos servidores, foi aprovado em primeiro turno nesta quarta-feira (23) e ainda não há data para votação em segundo turno. O reajuste precisa ser sancionado pelo governador até o dia 2 de abril, devido a legislação eleitoral.
Deputados ouvidos pelo Hoje em Dia disseram que não existe previsão de atrasar a votação do PL, mas que será construída uma unidade mínima entre os parlamentares antes de colocar o projeto em votação.
A deputada Beatriz Cerqueira (PT) já protocolou seis emendas que serão apreciadas na Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária, durante a votação em 2º turno.
Entre as emendas está o pagamento do piso da educação, com reajuste de 33,24% para a categoria, a incorporação de gratificações e uma emenda que prevê anistia de greve para os profissionais que aderiram à paralisação.
Os deputados que representam os profissionais da segurança pública também firmaram acordo e devem aprovar, no segundo turno, emendas que possibilitem o cumprimento do termo firmado em 2019 entre o governador Zema e os trabalhadores, prevendo um reajuste de 41% para o funcionalismo vinculado às forças de segurança, entre eles, bombeiros e policiais civis e militares.
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