Enquanto os dissidentes protestavam e anunciavam a possibilidade de judicializar a convenção do PP, o presidente nacional da sigla, senador Ciro Nogueira (PI), reuniu a Comissão Executiva a portas fechadas em seu gabinete no Senado e sacramentou o apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff. "Ficou definido o apoio à presidente. Dois diretórios apenas se rebelaram, são 27", anunciou Nogueira aos jornalistas.
Em um clima tenso onde parte dos convencionais pregaram a aprovação de uma resolução de neutralidade para a sucessão presidencial, Nogueira colocou nesta quarta-feira em votação uma resolução delegando à Executiva Nacional a decisão sobre a aliança na esfera nacional. Em meio a gritos, protestos acalorados e nervos exaltados, o senador declarou aprovada a resolução. Os dissidentes disseram que a decisão não tem legitimidade. "As pessoas não querem ouvir a maioria e sempre ouvimos democraticamente a todos. São 27 diretórios e apenas dois se rebelaram de forma inadequada. A maioria quer o apoio à presidente. Já está sacramentado o apoio", afirmou Nogueira.
A senadora Ana Amélia, candidata ao governo do Rio Grande do Sul, foi uma das que liderou o movimento pela aprovação da neutralidade. Ela deixou o auditório Petrônio Portella, no Senado Federal, afirmando que o grupo vai estudar formas de impugnar a convenção. "A senadora Ana Amélia não é a única membro da convenção", reagiu o presidente do PP.
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