SÃO PAULO - O secretário-geral do PT, deputado Paulo Teixeira, afirmou neste sábado (23) que a alta popularidade da presidente Dilma Rousseff no Nordeste, registrado por pesquisa CNI/Ibope divulgada na terça-feira passada, mostra que o voto da região é "petista e dilmista".

Segundo ele, o eleitor "não vai entender" uma possível candidatura de Eduardo Campos (PSB) em oposição a ela.

Pesquisa CNI/Ibope mostra que a aprovação a Dilma no Nordeste saltou de 80% para 85% desde dezembro, maior taxa no país.

O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, preside o PSB, partido hoje aliado ao governo federal.

Antes do início da reunião da Executiva do PT em São Paulo, o coordenador da principal corrente do partido, Francisco Rocha, o Rochinha, criticou a aproximação de Campos com o PSDB.

Para o dirigente petista, o governador "faz um caminho inverso ao que é a política de Pernambuco, da qual ele fez parte nesses anos todos" ao flertar com tucanos.

"Ele sair de uma trajetória histórica na vida da família dele para vir se agarrar ao José Serra em São Paulo é muito para minha cabeça", afirmou ao chegar em reunião da Executiva do PT em São Paulo. "Na política, o Eduardo Campos não tem limite."

Rochinha afirmou ainda que o PSB tem se inclinado "não só ao PSDB, mas à direita mesmo". "Já tem em Pernambuco vários prefeitos e dirigentes do PSB que possivelmente também não seriam emplacados na Comissão de Direitos Humanos da Câmara", afirmou, em referência à polêmica envolvendo as opiniões do pastor

Marco Feliciano (PSC-SP), presidente da comissão.

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