Ex-prefeito do Rio, Eduardo Paes, confirmou ao jornal O Estado de S. Paulo, na manhã desta sexta-feira (6), sua filiação ao DEM. Na quinta-feira (5), o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), havia dito que esperava uma decisão de Paes até esta sexta (6).
Paes também flertava com o PP. Conversava com os presidentes nacional e estadual do partido, respectivamente Ciro Nogueira e Francisco Dornelles, vice-governador do Rio. Na quinta-feira (5), Maia se encontrou com Dornelles.
No fim do encontro, o presidente da Câmara afirmou que, se Paes se candidatasse ao governo do Rio pelo PP o DEM o apoiaria e vice-versa.
Paes chegou a negociar sua filiação ao PSDB, mas as conversas não foram para frente por resistência de alguns políticos à entrada do ex-prefeito na legenda. Em fevereiro, Paes anunciou que sairia do MDB.
A decisão foi vista como uma tentativa de se desvincular do partido, após operações da "Lava Jato" que levaram à prisão o ex-governador Sérgio Cabral Filho, que era padrinho do ex-prefeito na agremiação, e desgastaram o partido do Rio.
Paes, no entanto, está inelegível.
Na noite da quarta-feira (4), o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) rejeitou um novo recurso movido pelo ex-prefeito contra a decisão. Ele ainda pode recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O TRE julgou que houve abuso de poder político-econômico de Paes para favorecer a campanha do deputado federal Pedro Paulo (MDB) para a prefeitura do Rio em 2016. O ex-prefeito nega.