Eleição do PT tem indícios de fraude e uso de verba privada

Humberto Santos - Hoje em Dia
15/09/2013 às 08:39.
Atualizado em 20/11/2021 às 12:25

Propondo a reforma política com o financiamento público de campanha, o PT não faz o dever de casa, pelo menos em Minas Gerais. O Processo de Eleição Direta (PED), eleição que irá indicar os novos presidentes dos diretórios municipais e estadual para um mandato de dois anos tem fortes indícios de financiamento privado, com o pagamento em massa de débitos de militantes e até mesmo a regularização de filiado que já morreu.   teve acesso a uma representação do deputado estadual e também candidato a presidente do PT de Minas Gerais, Rogério Correia, ao Diretório Nacional. No documento, o candidato questiona o fato de, em um único dia, no mesmo caixa do Banco do Brasil, terem sido pagas 3.740 contribuições de filiados do diretório de Belo Horizonte em débito com o partido. O pagamento foi realizado no dia 26 de agosto, a quatro dias do prazo final para o acerto do pagamento individual de filiado.   Para um filiado votar, além de ter feito um curso de formação, ele deve estar em dia com as contribuições do partido. Atualmente, quem possui cargo comissionado destina um percentual do salário, conforme o valor que recebe. Quem não ocupa cargo comissionado, tem que pagar uma taxa de R$ 10 por semestre para ser considerado apto a escolher o dirigente.     Até morto   “Isso mostra que pegaram uma lista de filiados, pagaram para garantir que eles possam votar. E o dinheiro vem de fora. Quem tem condições de pagar isso? Desse jeito, só ganha quem tiver dinheiro”, diz um membro do partido que pediu para não ser identificado.   Outro petista, que também pediu anonimato, afirma que esse tipo de movimentação está acontecendo no partido por que há grupos que querem a vitória a qualquer preço. “Querem ganhar com boa margem de votos. Se ganhar de pouco, é como se tivesse perdido”, afirma.    A “necessidade” de uma vitória expressiva seria para garantir efetivamente o controle do partido, já que uma divisão clara dificultaria o poder.

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