O ex-ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha, minimizou o impacto da Operação Catilinárias, desencadeada nesta terça-feira (15) pela Polícia Federal, no PMDB. Ele lembrou que as investigações já estavam em andamento. "O PMDB existe nas 27 unidades federativas, temos nomes sendo investigados, por enquanto só investigados", disse, após se reunir com o vice-presidente Michel Temer, no Palácio do Planalto.
O ex-ministro, que deixou o governo logo depois que foi instaurado o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, fez questão de ressaltar que a sigla não tem nenhum membro preso. "Tem muita gente presa, não tem ninguém preso no PMDB", disse.
Hoje a Polícia Federal cumpre 53 mandados de busca e apreensão, inclusive na casa e no gabinete do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e de dois ministros de Estado, o de Ciência e Tecnologia, Celso Pansera, e do Turismo, Henrique Eduardo Alves, ambos do PMDB.
Membro da executiva do PMDB, Padilha disse que tinha vindo falar com o "chefe" para ver o que fazer e preferiu não comentar a situação de Cunha. "Esse eu não sei", disse. O ex-ministro defendeu as investigações, disse que as instituições têm que cumprir o seu papel sem fazer distinção entre "a, b ou c".
Padilha reuniu-se com Temer e deputados peemedebistas nesta manhã. Profundo conhecedor da bancada do PMDB na Câmara, o ex-ministro ajudou nas articulações para tirar Leonardo Picciani (RJ), tido como aliado do Planalto da liderança do partido na Câmara. Participaram do encontro os deputados Osmar Terra (RS); Darcisio Perondi (RS); Lelo Coimbra (ES), Baleia Rossi (SP).
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