O governador Romeu Zema (Novo) tentou fugir do assunto, mas acabou dando indicativos sobre seu voto para presidente em um segundo turno. ”No PT eu não voto”, afirmou em entrevista ao podcast “Frango com Quiabo”, transmitido no site G1.

Zema lembrou que a eleição presidencial poderia ser solucionada ainda no primeiro turno e argumentou que seria precoce indicar votos. Porém, pressionado, ele admitiu que entre os dois principais candidatos ao cargo de presidente seu voto só poderia ir para Jair Bolsonaro (PL). “Não posso votar num governo que esteve tão envolvido em casos de corrupção. Não voto em corrupto”, afirmou.

Nas eleições de 2018, que terminaram com a eleição de Zema ao Governo do Estado, o governador mineiro já tinha declarado apoio a Bolsonaro. Tanto na eleição passada quanto nas eleições deste ano o candidato do Partido Novo tem como adversários políticos apoiados pelo PT.

Neste ano, Romeu Zema tem como alvo principal o ex-prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil (PSD), apoiado pelo ex-presidente Lula (PT). Nas eleições de 2018 ele enfrentou Fernando Pimentel (PT), que tentava a reeleição.

Romeu Zema ainda tenta fugir de embarcar na polarização das eleições nacionais deste ano, com maioria dos eleitores divididos entre Lula e Bolsonaro. Em Minas, Zema lidera as pesquisas de intenção de voto para governador, mas, para presidente, o ex-presidente Lula tem a preferência dos eleitores no Estado. Isso significa que muitos eleitores estão fazendo a opção por votar em Zema para governador e em Lula para presidente. 

Para evitar perder esses votos, Romeu Zema evitou uma parceria com Jair Bolsonaro já no primeiro turno. Por causa disso, o presidente acabou lançando a candidatura do senador Carlos Viana (PL), que disputa o governo com apoio do bolsonarismo mineiro. 

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