(Valter Campanato/ABr)
O candidato do Partido dos Trabalhadores à presidência da República Luiz Inácio Lula da Silva foi 5º sabatinado pelo jornalista William Waack, na rede de TV CNN. O petista foi entrevistado na noite desta segunda-feira (12).
Simone Tebet (MDB), Luiz Felipe D’Avila (Novo), Ciro Gomes (PDT) e Soraya Thronicke (União Brasil) já foram ouvidos, entre os dias 29 de agosto e 2 de setembro, na CNN. Jair Bolsonaro (PL) recusou o convite.
O jornalista William Waack questionou Lula sobre o “uso do orçamento público como forma de poder” e quis saber como o ex-presidente pretende lidaria com isso, caso seja eleito.
Em resposta, o presidenciável afirmou que “o que acontece hoje é por fragilidade do presidente da República.”
“O orçamento é do governo, mas foi entregue ao parlamento. O governo está tão fraco que o Congresso se apoderou disso”, disparou.
Como possível solução, ele disse que “espera que seja eleita uma bancada melhor do que hoje e mais comprometida com os interesses do povo.” E afirmou que tem trabalhado muito para eleger os candidados que o apoiam para fortalecer o diálogo.
“Também vamos dialogar, deixar claro que não pode haver orçamento secreto e nem permitir que o Congresso seja dono do orçamento. Queremos eleger muitos deputados e senadores para que não precisemos ser reféns. Só se conversa com quem foi eleito e tem poder de decisão”, disse.
O petista também afirmou que a escolha do seu vice-candidato foi feita justamente para aumentar o seu poder de diálogo.
“Quando procurei o Alckmin para ser vice é porque sei que precisaremos fazer muita articulação em Brasília, para mudar o fato de que o presidente é refém do Congresso”, destacou.
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