O vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB), coordenador da equipe de transição do governo Lula (PT), apresentou os nomes que irão compor a equipe técnica responsável por pensar a transição de governo na área econômica. Entre os escolhidos, dois nomes ligados ao PT e dois que participaram da elaboração e implantação do Plano Real nos governos tucanos. 

Serão quatro nomes: Pérsio Arida, presidente do Banco Central no governo Fernando Henrique Cardoso e um dos idealizadores do Plano Real, de 1994; André Lara Resende, outro idealizador do Plano Real e presidente do BNDES no governo de FHC; Nelson Barbosa, que foi ministro da Fazenda no governo de Dilma Rousseff (PT); e Guilherme Mello, economista da Unicamp vinculado à Fundação Perseu Abramo.

Alckmin destacou, no entanto, que o presidente eleito já informou que o fato de um nome estar na equipe de transição não implica que estará à frente de algum ministério.

“Podem participar ou não, mas são questões bastante distintas. É um trabalho de 50 dias. Começando agora e que irá até a posse. Buscando a continuidade de serviços públicos, com transparência, regido por lei e pautado pelo interesse público”, destacou o vice-presidente.

Alckmin ressaltou que uma das prioridades no início de trabalho da equipe de transição governamental é garantir o atendimento das demandas sociais e viabilizar recursos para o pagamento do Auxílio Brasil em R$ 600 e um incremento de R$ 150 para famílias com crianças de até 6 anos de idade. Contudo, ele evitou indicar a forma como será feita essa disponibilidade de recursos.

“Acredito que todos são favoráveis a isso. Ninguém é contra garantir os R$ 600 neste momento. A forma de fazer pode ser a PEC e mudanças na LOA. Mas existem possibilidades previstas no TCU com créditos extraordinários. Isso será definido nos próximos dias”, salientou.

Alckmin disse que a equipe de transição fará reuniões ainda nesta terça-feira com presidentes da Câmara dos deputados, do Senado e da Comissão Mista de Orçamento. Ainda nesta semana, o presidente eleito também terá reuniões com os chefes de poder e o tema do orçamento deve estar nas conversas que Lula fará em Brasília. 

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