Escolha dos vices é como um jogo de quebra-cabeças

Ana Flávia Gussen - Hoje em Dia
31/03/2014 às 07:20.
Atualizado em 18/11/2021 às 01:50
 (José Cruz/ABR)

(José Cruz/ABR)

Para quem está de fora pode não parecer, mas o nome do vice tem papel fundamental numa chapa para eleição presidencial. Estratégias diferentes são levadas em conta pelos presidenciáveis para escolher seus companheiros de chapa. Se os tucanos querem uma figura “discreta”, o PSB escolheu a ex-senadora Marina Silva que tem conflito direto com diversos setores da economia. 

A presidente Dilma Rousseff (PT) deve manter Michel Temer (PMDB) como vice, garantindo sua principal aliança.
“Em time que está ganhando não se mexe”. Essa máxima é levada em conta pelo PT para manter Temer na chapa. O partido é favorável à continuidade dele tanto por ser de São Paulo – maior colégio eleitoral do País – quanto por ser um nome que atende integralmente aos interesses do PMDB.

“Nossa avaliação é que fizemos aliança sólida com o PMDB e o Michel cumpriu rigorosamente as representações de vice. É um aliado de primeira ordem em nosso governo. Sem duvida também pesa o fato de ser de São Paulo e de ser de um partido sólido”, declarou o deputado federal Miguel Correa Júnior (PT).
Dilma acaba de passar pela maior crise em sua base aliada e Temer mediou as negociações com os líderes do movimento, incluindo Eduardo Cunha (PMDB). Para aliados, a maneira como ele lidou com os correligionários mostrou sua “lealdade” à aliança.

Indefinido
O nome do senador Aloysio Nunes ganhou força nos bastidores para compor a chapa do senador Aécio Neves à Presidência da República. O motivo é que Nunes atende a uma das principais estratégias de campanha da cúpula tucana: a conquista dos paulistas. Assim como Temer ele é de São Paulo, estado que possui 32 milhões de eleitores. O critério regional pesa também pelo fato de Aécio não ser muito conhecido pela população paulista.

Apesar das especulações, o PSDB ainda não bateu o martelo e estabeleceu três estratégias para a escolha do vice. Além do critério regional, existe a composição de forças na qual um partido aliado indicaria um nome. Nesse caso, o senador Agripino Maia (DEM) pode ser uma opção. Outra possibilidade é a de um nome que possa agregar na estratégia setorial. “Você pode achar importante sinalizar com algo para a sociedade colocando uma mulher, um negro, um sindicalista. Nesse caso existe, por exemplo, a deputada Mara Gabrilli”, declarou o presidente do PSDB de Minas, Marcus Pestana.

Apesar das especulações, a divulgação do nome do companheiro de chapa de Aécio sairá apenas no início de junho. [LEAD]O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), já definiu sua companheira de chapa: Marina Silva. Ela irá participar das inserções do PSB que vão ser veiculadas na segunda quinzena de abril em televisão e rádio. 

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