Fernando Pimentel ataca gestão tucana para servidores mineiros

Patrícia Scofield - Hoje em Dia
04/06/2014 às 07:12.
Atualizado em 18/11/2021 às 02:51
 (andre brant -31/05/2014)

(andre brant -31/05/2014)

O pré-candidato ao governo de Minas pelo PT, ex-ministro Fernando Pimentel, classificou a gestão tucana no governo de Minas como “processo de destruição”, nessa terça-feira (3), em reunião com servidores públicos estaduais, realizada na sede do partido. Pimentel prometeu aos sindicatos das áreas de segurança pública, saúde e movimentos agrários “maior transparência” na relação com o funcionalismo, caso seja eleito, e acolheu as reivindicações de recomposição salarial e investimentos.

“Nós não sabemos e não queremos governar do jeito tucano, por isso precisamos de uma relação de confiança e apoio dos servidores para criar outra lógica para o serviço público. Vamos ter que sentar e ver quais demandas nós vamos priorizar, o que vamos fazer primeiro. Se quisermos parar o processo de destruição do Estado, teremos de fazer um pacto de confiança e lealdade”, afirmou o petista, que pediu paciência devido à “dívida de quase R$ 80 bilhões do governo do Estado.

De acordo com a diretora da Associação Sindical dos Trabalhadores em Hospitais da Rede Fhemig, Mônica Abreu, que participou do encontro, o pré-candidato disse que pretende reativar leitos de pediatria do Hospital Alberto Cavalcanti, no Padre Eustáquio, e serviços de lares abrigados e permanência-dia na rede estadual de saúde. 

“Ele nos disse que ficou assustado com o sucateamento dos hospitais da Fhemig, que vai melhorar a qualidade hospitalar e manter uma mesa permanente de negociação”, conta. 

“Há má-vontade do governo para resolver problemas. Os trabalhadores estão desmotivados. Faltam recursos materiais e humanos. Falta ação e vontade de fazer”, criticou Carlos Augusto Martins, presidente da Associação Sindical dos Trabalhadores em Hospitais da Rede Fhemig.

DESCOMPASSO

O ex-ministro criticou o “descompasso” das políticas do Estado com as nacionais na área agrícola. “O governo de Minas imprime uma lógica de agricultura familiar que não leva em conta a política federal, desperdiça oportunidades. Foram feitos dois convênios com o Incra para dar o título da terra para 30 mil famílias, mas fizeram apenas 5% disso. Pelo que estamos vendo aqui, a subsecretaria criada para cuidar do tema não tem autonomia e tem poucos recursos para apoiar os agricultores. Não é prioridade para o atual governo”, afirma.

As entidades pedem uma política de industrialização e comercialização de alimentos sadios (cultivados sem agrotóxico), acesso à terra, água e regularização fundiária, garantia de direitos e a reestruturação dos órgãos estaduais ligados ao setor.  

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