Apontado como um dos operadores de pagamentos de propinas que envolveram a empresa Arxo, suspeita de pagar suborno relacionado a contratos com uma subsidiária da Petrobras, Mario Góes se entregou neste domingo (8), à Polícia Federal em Curitiba. A superintendência paranaense da PF é a base da operação "Lava Jato", que na quinta-feira, 5, deflagrou a nona fase da operação, batizada de My Way.
A assessoria da PF confirmou a chegada de Góes à sede em Curitiba. Ele estava com prisão preventiva decretada desde quinta-feira. Uma ex-funcionária da Arxo afirmou em depoimento à força-tarefa da "Lava Jato" que Góes chegou a receber dinheiro na empresa, fornecedora da BR Distribuidora. O suposto operador também foi citado pelo ex-gerente de Serviços da Petrobrás Pedro Barusco, em delação premiada.
Com sede em Piçarras (SC), a Arxo é uma das principais envolvidas nesta fase da "Lava Jato". Um dos sócios da empresa, João Gualberto Pereira, se entregou à PF na tarde de sexta-feira. O diretor financeiro Sérgio Marçaneiro e o sócio Gilson Pereira haviam sido presos no dia anterior. Na sede da empresa, a PF encontrou quase 500 relógios de luxo e R$ 3,18 milhões em dinheiro vivo, em notas de reais, dólares e euros.