Acordo

Gabriel Azevedo deve renunciar à presidência da CMBH em 2024 para que Juliano Lopes assuma

Hermano Chiodi
12/12/2022 às 12:37.
Atualizado em 12/12/2022 às 13:05

(Abraão Bruck/CMBH)

A vitória de Gabriel Azevedo (sem partido) para presidência da Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH), nesta segunda-feira(12), envolveu uma engenharia complexa e prevê a renúncia do presidente no final do próximo ano para que o vereador Juliano Lopes (Agir), eleito 1° vice-presidente, possa assumir o controle do legislativo municipal em 2024.

A chapa encabeçada por Gabriel comandará o legislativo por dois anos, de 1º de janeiro de 2023 até 31 de dezembro de 2024. Com o acordo, Gabriel seria presidente em 2023 e Juliano no ano seguinte.

A informação foi confirmada pelos dois vereadores. Segundo Juliano, havia um acordo prévio de apoio com o prefeito Fuad Noman (PSD), que teria sido quebrado no último mês. Por causa disso, teria havido o acirramento da disputa pela presidência da Casa e o acordo envolvendo revezamento foi a solução. 

A reportagem entrou em contato com a prefeitura para que o prefeito comente a eleição na Câmara, mas ainda não houve retorno.

Disputa

Dois grupos se dividiram na eleição da CMBH: apoiadores de Nely Aquino (PP) contra apoiadores de Fuad. O deputado federal Marcelo Aro (PP), articulador político de Nely Aquino, teria entrado em contato com o prefeito e recebido a mensagem de que o acordo poderia ser com qualquer um, menos Gabriel Azevedo. 

Sem conseguir avançar para um acordo, o grupo de Nely Aquino e Aro escolheram para presidência justamente o nome do desafeto do prefeito, que trouxe os votos necessários para a vitória do grupo da atual presidente da Câmara. 

Contrapartida

Para que Juliano Lopes, candidato original de Nely e Aro, abrisse mão da candidatura, Gabriel Azevedo aceitou renunciar ao cargo no meio do mandato, possibilitando um revezamento na presidência da Câmara. 

Independência 

Apesar do acordo, o presidente eleito na CMBH, Gabriel Azevedo, garantiu que irá manter a independência na Casa.

"Eu recebi apoio do grupo de Marcelo Aro. Sou grato, terão meu apoio. Porém, quem conhece minha trajetória sabe que eu sou independente sempre. Mesmo quando, na época do ex-prefeito Kalil, havia uma relação muito conflituosa com a administração municipal, eu sempre votei a favor do prefeito nos projetos que acreditava serem bons para a população seguiremos assim, com independência", disse.

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