Repercussão

Gabriel Azevedo nega procedimento no MP sobre suposta ‘rachadinha’ e diz ser vítima de 'farsa'

Da Redação
portal@hojeemdia.com.br
09/11/2023 às 23:01.
Atualizado em 09/11/2023 às 23:40
 (Bernardo Dias/CMBH)

(Bernardo Dias/CMBH)

O presidente da Câmara de Belo Horizonte, Gabriel Azevedo (sem partido), informou em nota, na noite desta quinta-feira (9), não ter sido instaurado procedimento interno no Ministério Público de Minas Gerais sobre a suposta prática de rachadinha no gabinete dele. Mais cedo, o MP confirmou ao Hoje em Dia ter sido apresentada uma denúncia sobre o caso.

Um ex-servidor do gabinete de Gabriel procurou o MP esta semana alegando ter sido abordado pessoalmente por um assessor do vereador, que em mensagens de WhatsApp teria cobrado a “devolução” de R$ 4 mil, em 31 de outubro.

“Foi apresentada uma denúncia. Como de praxe, as declarações do denunciante foram reduzidas a termo e determinada sua distribuição eletrônica, por sorteio. Por isso, ainda não é possível apontar o PJ (Promotor de Justiça) responsável pelo caso”, confirmou ao Hoje em Dia, por e-mail, a assessoria de comunicação do MP no início da tarde desta quinta, reproduzindo informações da Promotoria de Defesa do Patrimônio Público.

Horas depois, Gabriel informou na sessão ordinária na Câmara que o então assessor dele, hoje diretor geral da Câmara, e um procurador da CMBH estavam, “naquele momento”, no MP, prestando esclarecimentos sobre o suposto esquema, e que o ex-servidor também estava sendo ouvido. Gabriel alega ter sido vítima de uma “farsa” para “assassiná-lo politicamente”. O diretor geral da Câmara afirmou ao Hoje em Dia, mais cedo, que a cobrança feita ao servidor referia-se a um empréstimo feito por colegas.

No início da noite, a assessoria de imprensa de Gabriel divulgou uma nota informando que “o rapaz, que supostamente denunciava corrupção, foi levado pela mãe aos prantos ao mesmo Ministério Público de Minas Gerais e desmentiu tudo”. Uma certidão do MP encaminhada pela equipe do vereador informa que o ex-servidor “não ratificou representação de qualquer natureza perante o Ministério Público, razão pela qual não foi instaurado qualquer procedimento interno”.

Procurado pelo Hoje em Dia, por telefone, na noite desta quinta, o vereador informou que não daria entrevista e que só vai falar sobre o caso em uma coletiva nesta sexta.

O funcionário que procurou o MP foi exonerado na manhã desta quinta, conforme consta no Diário Oficial do Município, na portaria nº 21.336. Segundo o diretor geral da Câmara, a justificativa é que o servidor recolheu todo o material de trabalho e pertences, além de não comparecer ao trabalho desde a última quarta-feira (1º). Já o servidor alegou à reportagem, mais cedo, “retaliação” diante da denúncia ao MP.

Leia na íntegra a nota de Gabriel Azevedo

Nota sobre a falsa denúncia de rachadinha na CMBHO presidente da Câmara Municipal, vereador Gabriel (sem partido) foi alvo de uma falsa acusação de rachadinha em seu gabinete nesta quinta-feira (9).A falsa representação supostamente feita ao Ministério Público, foi desmentida no final da tarde, com um documento do próprio MP.Segue o posicionamento de Gabriel sobre o fato:

“A farsa que se tentou contra mim hoje não durou nem seis horas… Não houve uma denúncia contra o meu gabinete no Ministério Público de Minas Gerais, ao contrário do que se espalhou no WhatsApp (e ao contrário do que apenas um veículo midiático chegou a publicar). O rapaz, que supostamente denunciava corrupção, foi levado pela mãe aos prantos ao mesmo Ministério Público de Minas Gerais e desmentiu tudo. Esse foi mais um plano para me assassinar politicamente que deu errado. Qual vai ser o próximo? E se der errado? A meta vai ser o assassinato de fato? Quem usou esse rapaz? Entendam: ninguém vai me impedir de exercer a política a favor de Belo Horizonte. Entendam isso de uma vez por todas. Eu sou um belo-horizontino resiliente. E amo essa cidade. Vamos em frente. Com coragem sempre.”

Nota do Hoje em Dia

O jornal Hoje em Dia esclarece que só veicula informações após a devida apuração e reafirma seu compromisso com o jornalismo ético e responsável.

A assessoria do MP confirmou a apresentação da denúncia, e a primeira matéria sobre o assunto refere-se a este episódio, ouvindo todos os lados e publicando a versão do então assessor de Gabriel (hoje diretor geral da CMBH) e do vereador, conforme fala em sessão na Câmara de BH.

À noite, fomos procurados pela equipe de Gabriel e pelo  parlamentar, que informaram sobre a “não ratificação de representação de qualquer natureza perante o Ministério Público, razão pela qual não foi instaurado qualquer procedimento interno”. As informações foram acrescentadas à matéria original, atualizada, e motivaram mais uma publicação.

Por telefone, Gabriel informou que não daria entrevista sobre o assunto e que só falaria sobre o caso em uma coletiva de imprensa nesta sexta-feira (10).

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