BRASÍLIA – O governo tem reuniões com as categorias de servidores públicos federais em greve até a meia-noite desta terça-feira (28), data limite fixada pela própria União para assinatura de acordos de reajuste salariais.
De acordo com o secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, o governo negociou com 35 categorias, das quais cerca de 30 aceitaram o reajuste proposto. Destas, 18 são representadas pela Confederação dos Trabalhadores do Serviço Público Federal, que decidiu retornar ao trabalho na segunda-feira (3).
Entre as categorias que rejeitaram a proposta do governo está a dos policiais federais, representada pela Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), os servidores do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), do Ministério do Desenvolvimento Agrário, e advogados e defensores públicos federais.
Os servidores federais que rejeitarem o reajuste de 15,8% oferecido pelo governo, divididos em três anos, a partir de 2013, ficarão sem aumento no ano que vem. “Com quem decidir não assinar, voltaremos a discutir no ano que vem com impacto para 2014”, disse Sérgio Mendonça.
Até o momento, apenas os representantes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) assinaram o acordo que ratifica o fim da greve. Com isso, subiu para quatro o número de entidades que aceitaram a proposta do governo. São elas, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Federação de Sindicatos de Professores de Instituições de Ensino Superior (Proifes), que representa a minoria dos docentes federais, e a Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras (Fasubra), representante dos técnicos-administrativos universitários.
Nas contas do governo, cerca de 90% dos grevistas sinalizaram aceitar o reajuste. “Praticamente está tudo resolvido, falta apenas formalização dos acordos”, disse Mendonça.
A Confederação dos Trabalhadores no Serviço Publico Federal (Condsef), que representa cerca de 80% dos servidores públicos federais, também decidiu aceitar a proposta de reajuste oferecida pelo governo. A assinatura do termo ocorrerá nesta quarta-feira. A decisão engloba o contracheque de cerca de 520 mil servidores ativos, segundo o Planejamento. O impacto da proposta oferecida pelo governo vai tirar R$ 3,9 bilhões dos cofres públicos nos próximos três anos.
Entre as categorias previstas para se reunirem ainda nesta terça-feira estão os representantes do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi), do Ministério do Meio Ambiente e do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro).