Grupos de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro se reuniram na Praça da Liberdade, na região Centro-Sul da capital, neste domingo (1).
Segundo Victor Lucchesi, ativista do Movimento Jovens de Direita e um dos organizadores do evento, os militantes foram convocados pelas redes sociais durante a semana para participar do Ato Cívico para Defesa da Liberdade. “Temos que dialogar e construir. Sempre” - declarou.
A concentração começou às 10h e centenas de pessoas ocuparam a praça, levando faixas e bandeiras. Muitos usavam camisas verde-amarelas. Os organizadores levaram banheiros químicos e contaram com a participação de dois trios elétricos.
Segundos os organizadores, cerca de seis mil pessoas participaram da manifestação. A Polícia Militar não divulga estimativa de público.
Durante a manifestação, neste Dia do Trabalho, ativistas e influenciadores de direita, além de lideranças parlamentares (deputados estaduais Sargento Rodrigues e Bruno Engler e o deputado federal Marcelo Álvaro Antônio, todos do PL e o vereador Ciro Pereira, do PTBH) se revezaram no microfone, para mobilizar a população “em defesa da liberdade”, como explica Cristiano Reis, chefe do movimento DireitaBH. “A nossa luta é contra a liberdade que o STF (Supremo Tribunal Federal) tem tirado do brasileiro, principalmente com o que foi feito com o Daniel Silveira” - afirma.
Depois de publicar um vídeo na internet em fevereiro de 2021, no qual defendia o Ato Institucional Nº 5 (AI-5), a destituição de ministros e o fechamento do Supremo Tribunal Federal (STF), o deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ) foi acusado pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Silveira foi condenado a 8 anos e 9 meses de prisão pelo STF por fazer ataques à democracia. Mas Bolsonaro assinou um decreto que concedeu perdão ao parlamentar, abrindo uma nova crise entre os Poderes.
Nesse sábado (30), na abertura da Expozebu, em Uberaba, no Triângulo, o presidente pediu uma manifestação pacífica neste 1º de maio, Dia do Trabalhador. "Não será dia de protestos. Será dia de união do nosso povo para um futuro cada vez melhor para todos nós”.
Na Praça da Liberdade, a mobilização de grupos de direita atendeu ao chamado do presidente no discurso em Uberaba, de demonstração de união e desejo de que todos cumpram a Constituição.
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