O pré-candidato do PSDB ao governo de Minas, Pimenta da Veiga, revelou ao Hoje em Dia que o partido fará uma campanha com muitas críticas ao governo petista. “O que há já muito impregnado na cabeça dos brasileiros é que o que está aí não está bom. Os brasileiros, e as pesquisas indicam isso, 65% dos brasileiros querem mudança. Então, esse aspecto tem que ser também debatido, os erros do atual governo. Os erros administrativos, os erros políticos, os deslizes éticos. Tudo isso tem que ser debatido, tem que ser apontado. E nós haveremos de fazer isso. Mas o que se procurará transmitir ao brasileiro é que há maneiras muito melhores de se governar o país do que o modo petista de governar”. O pré-candidato do PSDB é o entrevistado de amanhã, na Página 2 do Hoje em Dia.
Pimenta da Veiga acredita que as eleições deste ano serão um marco na história política do País. Na opinião dele, o pré-candidato à Presidência, senador Aécio Neves, pode ser o primeiro mineiro eleito pelo voto direto em 60 anos. “Estou dizendo mineiro de alma mineira, que conhece os problemas do Estado, vinculado ao Estado, que tanto fez para o Estado, que já governou o Estado, que é representante do Estado há muitos anos. Isso será profundamente importante e haverá de transformar a realidade de Minas. Por isso, é uma eleição histórica.”
João Pimenta da Veiga Filho, advogado, 66 anos, foi o primeiro político do PSDB a ser eleito para comandar a prefeitura de uma capital, Belo Horizonte, ao vencer a eleição de 1988. Para os jovens eleitores mineiros, um candidato novo no cenário eleitoral. Mas o ex-prefeito da capital, por mais de dez anos afastado dos holofotes, trabalhando nos bastidores da política, acredita que não foi esquecido. “Fica a imagem. Mesmo para aqueles que não viveram ou não se recordam de algum ponto específico, fica a imagem que, nesse caso, me honra muito, portanto eu acho que essa é uma coisa que está ligada à minha vida e da qual eu tenho muita satisfação. Portanto, eu não tenho dúvida de que os mineiros vão julgar o que fiz, mas, certamente, a inspiração do voto não é pelo passado, é pelo futuro, pela esperança.”
Pimenta da Veiga terá como adversário um ex-prefeito e ex-ministro, assim como ele. “A comparação me agrada,” afirma. As semelhanças não são apenas na trajetória política dos pré-candidatos Pimenta da Veiga e Fernando Pimentel. O pré-candidato tucano brinca com a coincidência dos nomes parecidos. “Nesse caso é melhor ficar com o original.”
Um dos fundadores do PSDB, ele assumiu a presidência do partido em 1994. Na época, Pimenta da Veiga também se engajou como coordenador da primeira campanha de Fernando Henrique Cardoso à Presidência da República, tornando-se importante articulador político na gestão tucana. Ano passado, Pimenta da Veiga retornou à capital mineira com uma missão. Mobilizar o estado. “Num primeiro momento, numa questão eleitoral. Mas quero manter o estado mobilizado em torno das ideias que vamos apresentar. As grandes mobilizações é que fazem as grandes transformações.”
Questionado se quando voltou a Minas, no ano passado, para assumir o Instituto Teotônio Vilela, já sabia, que seria lançado pré-candidato do partido ao governo, Pimenta respondeu: “Eu, quando voltei, voltei disposto a dar uma contribuição irrestrita, onde eu pudesse servir melhor ao partido, ao estado, ao país. E, evidente que considerando a trajetória que eu já tinha cumprido na vida pública, eu sabia que havia possibilidade de que meu nome fosse lançado para a disputa desse ano. Mas não voltei com esse propósito específico”, disse.