A pauta de plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais está travada desde do dia 20 de maio por causa de dois projetos de lei do governo de Minas que estão com o prazo de votação vencido. A oposição diz não acreditar que o governo não tenha condições econômicas de ampliar seu crédito e afirma estar disposta a votar somente após a liberação das emendas parlamentares negociadas com o governo ainda no ano passado.
Os projetos que estão na faixa constitucional autorizam o poder executivo a contratar operações de crédito dos bancos Citybank, Deutsche Bank, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social e Banco Interamericano de Desenvolvimento no valor de aproximadamente um bilhão trezentos e cinquenta milhões de reais, para serem aplicados na execução do programa de infraestrutura logística de Minas Gerais e no programa de apoio à inovação e melhoria da produtividade industrial em Minas.
Segundo o deputado estadual e líder de governo da assembleia, Luiz Humberto Carneiro, nesta quarta-feira (4) alguns deputados irão se reunir para entrar em um acordo para que a situação da pauta seja resolvida. Ele acredita que esses projetos sejam votados até no máximo na semana que vem. “Precisamos liberar a pauta. Ainda existem outros projetos de lei que devem ser votados que consistem em doações do governo para municípios. Essas doações só podem ser feitas até o dia 30 de junho, por causa da lei eleitoral”.
Segundo o líder do bloco Minas Sem Censura, o deputado estadual Pompílio Canavez (PT), os recursos prometidos pelo governo que não foram liberados são de extrema importância para a população. “A maioria desses recursos é destinada para a saúde e para educação”, afirma. “Vamos fazer um esforço para que a pauta seja liberada o mais rápido possível, pois também temos projetos dos deputados para aprovar”, diz. Uma reunião entre os líderes da Assembleia está marcada para a manhã desta terça, para uma nova tentativa de resolver o impasse.