Investigado na operação "Lava Jato", o senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL) protocolou nesta quinta-feira (26), dois pedidos para que o Ministério Público envie informações ao Senado.
Num dos requerimentos, Collor pede para ter acesso aos nomes dos membros do Ministério Púbico que não residem no Distrito Federal. No outro, solicita uma relação dos gastos com passagens e diárias do órgão desde 2011.
Desde que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, divulgou que Collor seria investigado com um dos políticos beneficiados pelo esquema de pagamento de propinas na Petrobras, o senador e ex-presidente da República tem feito reiteradas críticas ao órgão.
Nos requerimentos protocolados nesta quinta, o senador não apresentou uma justificativa para os pedidos, mas, nos bastidores, a iniciativa foi entendida como mais um passo na batalha que ele tem travado com o Poder Judiciário.
Em discurso na tribuna do Senado essa semana, Collor acusou Janot de não ter "estatura moral" para estar no cargo e atuar como "justiceiro". Ele também questionou o "empoderamento" que o Ministério Público vem sofrendo nas últimas décadas, chamou os procuradores de "grupelho" e acusou o órgão de querer se "tornar um Poder acima dos Poderes".