O Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, solicitou a inclusão da delação do lobista Fernando Horneaux de Moura nos autos do inquérito contra o senador Aécio Neves (PSDB-MG) no Supremo Tribunal Federal. Aécio é investigado por suposto envolvimento no esquema de corrupção de Furnas.
Réu confesso e um dos delatores da Operação Lava Jato, Moura afirmou ter ouvido relatos do ex-diretor de Furnas Dimas Toledo que verbas de propina provenientes de Furnas foram divididas igualmente entre Aécio Neves, o PT Nacional e o PT de São Paulo - um terço para cada.
Em depoimento, o delator afirmou ter ouvido do ex-ministro José Dirceu, condenado na Lava Jato, e do ex-secretário do PT, Silvio Pereira, réu na operação, que Dimas Toledo foi indicado para a diretoria de Furnas pelo próprio tucano.
Além de juntar o depoimento de Fernando Moura, Janot pediu também que o prazo para apresentar a denúncia, que é de 90 dias, seja ampliado em 60 dias.
O inquérito contra Aécio foi instaurado em maio por determinação do STF "para investigação de fatos aparentemente criminosos envolvendo parlamentar federal com Furnas". O relator do caso é o ministro Gilmar Mendes. Caberá a ele aceitar ou não o pedido da PGR.
Procurada, a assessoria de imprensa de Aécio Neves não se manifestou.