Juiz acusado de vender sentenças para facções criminosas presta depoimento no TJMG

Ezequiel Fagundes - Hoje em Dia
17/12/2014 às 09:45.
Atualizado em 18/11/2021 às 05:24

(Fernando Priamo)

Acusado de envolvimento com facções criminosas, o juiz Amaury de Lima e Souza, preso preventivamente pela Policia Federal há quase seis meses, está sendo interrogado, nesta quarta-feira (17), no Palácio de Justiça do TJMG de Minas. Antes do início da sessão, o relator do processo, desembargador Antônio Cruvinel, alertou ao magistrado que ele não precisava depor nesta fase do processo.

Amaury de Lima, no entanto, insistiu para ser ouvido hoje. "Estou preparado para ser interrogado. Estou preso há quase seis meses", alegou o magistrado.

Por determinaçao do relator Cruvinel, não foi permitido fazer imagens ou gravar o áudio da sessão. Já o tenente da PM, identificado como Macedo, proibiu até o uso de notebooks durante o interrogatório. A medida do policial contraria o próprio relator que havia liberado o uso de equipamento no modo silencioso.

Com óculos e terno preto, Amaury chegou para depor por volta das 8h desta quarta-feira. Ele chegou de camburão e protegido por escolta militar. O magistrado estava sem algemas. De acordo com a PF, o juiz mineiro concedia benefícios para narcotraficantes do país. Em troca, recebia propinas. Na semana passada, o órgão especial do TJMG acolheu integralmente ação penal do Ministério Público contra o magistrado. 

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